Broadcom revoluciona o mercado com Tomahawk 6: o primeiro switch Ethernet de 102,4 Tbps

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A Broadcom acaba de anunciar um marco histórico para a infraestrutura de redes e inteligência artificial: o lançamento do Tomahawk 6, o primeiro chip de switch Ethernet do mundo a atingir impressionantes 102,4 terabits por segundo (Tbps) de capacidade de comutação em um único chip. Isso representa o dobro da capacidade de qualquer outro switch Ethernet disponível atualmente no mercado, consolidando a Broadcom na liderança tecnológica do setor.

O que é o Tomahawk 6?

O Tomahawk 6 é um chip de última geração projetado para atender às demandas crescentes de data centers e clusters de inteligência artificial (IA) em larga escala. Com ele, é possível construir redes capazes de conectar mais de um milhão de aceleradores (XPUs), incluindo GPUs e outros processadores dedicados a IA, em uma única implantação.

Entre os principais destaques do Tomahawk 6 estão:

  • Capacidade de 102,4 Tbps em um único chip, permitindo até 64 portas de 1,6 TbE, 128 de 800 GbE ou 1024 de 100 GbE.
  • Eficiência energética e design otimizado para IA, reduzindo custos operacionais e consumo de energia.
  • Cognitive Routing 2.0: tecnologia avançada de roteamento adaptativo, que detecta congestionamentos e redireciona o tráfego para evitar gargalos, além de coletar dados de desempenho em tempo real.
  • Óptica co-empacotada (CPO): integração de transceptores ópticos diretamente ao chip, diminuindo latência e consumo de energia, além de aumentar a confiabilidade da rede.
  • Flexibilidade de topologias: suporte a diversos tipos de redes, incluindo scale-up, scale-out, Clos, rail-only, rail-optimized e torus.
  • Compatibilidade com qualquer endpoint Ethernet, facilitando a integração com infraestruturas já existentes.

Por que isso importa para a IA?

O crescimento explosivo dos projetos de IA, especialmente no treinamento de modelos de linguagem de larga escala, está tornando a rede um dos principais gargalos para o desempenho dos data centers. O Tomahawk 6 foi desenvolvido justamente para eliminar esse obstáculo, permitindo que clusters de IA escalem de dezenas para centenas de milhares de aceleradores sem perda de desempenho.

Segundo Ram Velaga, vice-presidente sênior da Broadcom, “O Tomahawk 6 não é apenas um upgrade — é uma ruptura. Ele marca um ponto de virada no design de infraestrutura de IA, combinando a maior largura de banda, eficiência energética e recursos de roteamento adaptativo em uma única plataforma”.

Resposta do mercado

A recepção do mercado foi extremamente positiva. Parceiros como Juniper Networks, Arista Networks e AMD destacaram o impacto revolucionário do Tomahawk 6, elogiando especialmente sua eficiência energética, capacidade de processamento avançada de pacotes e suporte a portas de 1,6 Tbps. A demanda de clientes já é considerada “sem precedentes”, com múltiplos projetos envolvendo mais de 100 mil aceleradores em andamento3.

Além disso, as ações da Broadcom estão sendo negociadas próximas à máxima histórica, refletindo a confiança dos investidores na liderança da empresa em inovação e tecnologia.

Broadcom vs. Nvidia: a batalha pela infraestrutura de IA

O lançamento do Tomahawk 6 também intensifica a disputa entre as soluções Ethernet abertas da Broadcom e a tecnologia proprietária InfiniBand da Nvidia. Enquanto a Nvidia aposta em redes customizadas para seus chips de IA, a Broadcom defende a padronização e a flexibilidade do Ethernet, facilitando a integração e reduzindo custos para os operadores de data centers.

Como destaca Kunjan Sobhani, analista da Bloomberg Intelligence: “Ao romper a barreira dos 100 Tbps e unificar scale-up e scale-out via Ethernet, o Tomahawk 6 oferece aos hyperscalers uma arquitetura aberta, baseada em padrões, livre de bloqueios proprietários e com caminho claro para a próxima onda de infraestrutura de IA”.

Conclusão

O Tomahawk 6 inaugura uma nova era para redes de alta performance, especialmente em aplicações de IA e data centers. Com ele, a Broadcom não só dobra a capacidade do mercado, mas também redefine os limites de escalabilidade, eficiência e flexibilidade para a próxima geração de infraestrutura digital.

Se você acompanha o universo de tecnologia, IA e data centers, fique atento: o futuro das redes já começou — e ele é liderado pela Broadcom.


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